segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A Origem da À Flor da Terra parte 2

O Seminário livro 3 As Psicoses pág. 20 Lacan, Jaques.

“É clássico dizer que, na psicose, o inconsciente está à superfície , é consciente. Por isso mesmo não parece que isso tenha grande efeito em ser articulado. Nessa perspectiva, bastante instrutiva em si mesma, podemos observar de saída que não é pura e simplesmente, como Freud sempre sublinhou, desse traço negativo de ser um não–consciente, que o inconsciente guarda sua eficácia. Traduzindo Freud, dizemos – o inconsciente é uma linguagem. Que ela seja articulada nem por isso implica que ela seja reconhecida. A prova é que tudo se passa como se Freud traduzisse uma língua estrangeira, e mesmo a reconstituísse recortando-a. O sujeito está simplesmente, no que diz respeito à sua linguagem, na mesma relação que Freud. A se supor que alguém possa falar numa língua que lhe seja totalmente ignorada, diremos que o sujeito psicótico ignora a língua que ele fala.
Essa metáfora será satisfatória? Claro que não. A questão não é tanto a de saber por que o inconsciente que está aí, articulado à flor da terra, permanece excluído para o sujeito, não–assumido – mas porque ele aparece no real.” Contribuição de Beatriz Helena Martins de Almeida

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